15 janeiro, 2018

do quase amor.

Ainda lembro do azul cintilante do céu, dos passos apressados das pessoas, do passarinho acabando seu ninho e do meu coração acelerado. Ainda lembro do seu não torto, do meu choro manso e do teu abraço de despedida. Ainda lembro o banco frio da chuva da noite passada, das palavras que dilaceravam ambos sentimentos, e da esquina em que eu dobrei sem dizer tchau. Ainda lembro das mensagens cheias de amor, preocupação e distância. Você era boa nas palavras, mas não na presença. Ainda lembro do acaso nos fazendo esbarrar uma na outra, mas nunca acreditamos no acaso. Você foi o mais perto que eu encontrei do amor. Você foi o "eu te amo" mais perto da verdade. Mas o amor às vezes tem prazo de validade. Nossa verdade tinha prazo de validade, e quando começa a ser mentira o amor que acreditamos existir some. Ainda lembro das recaídas, as voltas insistentes, os encontros por acaso, os encontros marcados, o para sempre prometido, o tempo acabando e da separação definitiva. Ainda lembro de você com tanto amor, um amor diferente daquele, um amor maior, um amor de agradecimento por tudo aquilo que ainda lembro.
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samantha.

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'E que depois de me ler você consiga tudo aquilo que ainda sonho' Sam Sousa