A vida continuou testando, empurrando, moldando — e eu, mesmo cansada, continuei, a vida é isso.
Mas esse foi um ano que doeu, um daqueles em que a gente grita por dentro e ninguém ouve.
O não gostar de aniversários não cede — nunca soube o que fazer com tanta atenção virada pra mim. Talvez eu comemore de um jeito silencioso — dentro, não fora.
Sempre fico reflexiva diante do tempo — 23, 25, 33… e quase sempre a mesma pergunta ecoa: “O que foi conquistado?”
É verdade — a virada de ano traz seus clichês de renascimento, de renovação, de mudança... e, pela primeira vez em muito tempo, acho que tudo isso me serviria bem.
Conscientemente, admito: não gosto de envelhecer. É estranho perceber que ficamos com menos um ano na caixinha, assustador pensar que todo fim se aproxima — mas uma coisa preciso admitir, conscientemente de novo, estou aprendendo a lidar com pontos finais.
E esse ano… foi cheio deles. Quem sabe, assim como lidar com os pontos finais, antes de novembro esse “não gostar de aniversários” mude.
Ao som de Pearl Jam - no aleatório!
sam.
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'E que depois de me ler você consiga tudo aquilo que ainda sonho' Sam Sousa