21 março, 2014

Do que fui. II


Ou melhor, do que fomos:

Me inventei pra você me inventar. Para depois inventarmos um amor qualquer. 
Tentei te dar meu coração, e roubar o teu. Mas eles se embolaram. Se embaralharam. 
Deram um nó.

E nós? 

Nós viramos memória, ou qualquer coisa que guardamos
para mostrar a alguém o quanto foi bom. 
Ou o quanto não foi. Nós viramos o que dissemos que nunca viraríamos. 
Nós viramos uma amor deixado pra depois. 
Nós demos um nó em nós dois. 
Viramos dois estranhos. 
Nós desaparecemos.

[...]

Espero te encontrar um dia.


S.

2 comentários:

  1. Ah o amor, sempre mostrando uma via de duas mãos.
    Amei o texto..

    Uma ótima semana,
    Tauana Raio De Luar

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    1. Ainda bem que existe essa via. rs

      Pra você também. Bjão ;*

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'E que depois de me ler você consiga tudo aquilo que ainda sonho' Sam Sousa