06 outubro, 2016

Metamorfose

Desculpa sociedade, mas esses dias eu mesma já me sou suficiente.

O sumiço repentino é que ando me curtindo. A falta de diálogo é por causa do meu eu, estamos colocando os papos em dias - muitos, inclusive. 

Os caquinhos do meu coração conseguiram se juntar, e ora, ele está belíssimo, mas só pra mim. O desequilíbrio se equilibrou, e não foi em uma corda bamba, foi em uma avenida bem grande - ouvindo um samba popular.

Descobri que sentar em um bar sozinha tomando uma bebida e observar as vidas passando é mais satisfatório do que está em um ciclo de piadas forçadas e abraços mal dados. Descobri que a natureza é melhor desvendada quando silenciamos. Que se amar, em primeiro lugar, é aprender a amar de verdade. Descobri que sou mais forte do que eu imaginava ser. Percebi o quão é bom mudar, calar e apenas observar e ouvir. 

O barco voltou a ser inteiro, com dois remos e comigo dentro. Vou navegando por ai - sem ter um porto, mas bem viva. Vou além. Sem me preocupar com quem vem comigo, agora eu me basto. No momento que nos calamos, os certos sabem ouvir nosso silencio - e nos aguardar. 

Vou além, sem me preocupar, pois o mundo é bem mais mundo quando a gente aprende a nos se satisfazer, e a nos amar.
S.
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Um comentário:

'E que depois de me ler você consiga tudo aquilo que ainda sonho' Sam Sousa